Abstract

Este artigo pretende estabelecer equações e taxas de geração de viagens em estacionamentos localizados em áreas centrais, com base na metodologia tradicional adotada pelo Institute of Transportation Engineers - ITE, a partir dos dados levantados em 29 estabelecimentos privados de uso público existentes no centro da cidade de Niterói-RJ. Os resultados encontrados se mostraram consistentes de acordo com as estatísticas encontradas e os parâmetros exigidos na bibliografia. Além disto, foram estabelecidas relações entre as taxas de geração de viagens e variáveis que poderiam influenciá-la, como: o percentual de vagas rotativas; o tempo médio de permanência; o preço; a taxa de ocupação média e o porte dos estacionamentos. Tais resultados contribuem para a concepção de políticas de estacionamento mais adequadas e compatíveis com uma mobilidade orientada às modalidades menos agressivas ambientalmente sem prejudicar a vitalidade das atividades socioeconômicas desenvolvidas na área central.

Highlights

  • ■ JTL|RELIT is a fully electronic, peer-reviewed, open access, international journal focused on emerging transport markets and published by BPTS - Brazilian Transport Planning Society

  • A legislação da maioria das cidades brasileiras também é baseada em tal lógica e estabelece a obrigatoriedade de número mínimo de vagas, geralmente proporcional à área bruta locável ou à área computável dos empreendimentos comerciais

  • O número de vagas foi definido como a principal variável independente, ou explicativa, a ser correlacionada com o número de viagens geradas, variável dependente, por meio da análise de regressão, bem como calculadas as taxas de geração de viagens para cada estacionamento, que foram relacionadas às seguintes variáveis: a porcentagem de vagas rotativas sobre o total de vagas; o tempo médio de permanência dos veículos nas vagas; a taxa de ocupação média; o porte, definido pelo número de vagas de cada estacionamento; e o preço da primeira hora

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Summary

Caracterização do estacionamento

O desempenho dos sistemas viário, de transporte e mesmo socioeconômico de uma região é fortemente influenciado pelas condições que envolvem o estacionamento (Habib et al, 2012). Quando se trata de estacionamentos privados, observa-se que existem três tipos (TRB, 2003): Aqueles voltados para exploração comercial, que são pagos ao preço do mercado, que podem ser rotativos, quando são abertos ao público em geral e o pagamento é cobrado por hora ou fração; ou mensalistas, quando são reservados aos arrendatários e o pagamento é cobrado por mês; Aqueles que são integrados a algum estabelecimento comercial, como os estacionamentos de Shoppings e de Supermercados. E levando em conta o objetivo desse artigo, cujo foco é a modelagem da geração de viagens dos estacionamentos, esta pesquisa destaca os seguintes fatores intervenientes: Localização - é um fator relevante, pois os estacionamentos localizados nas áreas centrais, onde ocorre maior concentração de atividades comerciais, de serviços ou institucionais, tendem a ter maior taxa de geração de viagens; Porte - o número de vagas é a variável independente que tem maior influência sobre a quantidade de viagens geradas e, normalmente, é usada nos modelos para determinação das equações de regressão e taxas de geração de viagens; Política de Preços - estacionamentos localizados em áreas centrais tendem a cobrar maior preço e ter tabelas progressivas, o que induz à maior rotatividade, enquanto os localizados na periferia da área central tendem a adotar variadas políticas de preço, como a cobrança mensal, que lhes garante maior rentabilidade e induz ao uso por períodos mais longos; Dispositivos de controle - podem ser manuais ou automáticos, que dão maior agilidade no acesso e confiabilidade ao controle; Tipo de operação - rotativos, quando a cobrança é feita por hora ou fração; mensalistas, quando a cobrança é mensal; ou mistos, quando coexistem os dois tipos; Tempo de permanência - trata-se de variável dependente dos demais fatores que, teoricamente, deve ser correlacionada à taxa de geração de viagens; Taxa de ocupação média - outra variável dependente, também correlacionada à geração de viagens, que indica a maior ou menor disponibilidade de vagas no período considerado

O caso de Niterói
Procedimento proposto
Delimitação da área do estudo
Relações Estabelecidas
Tabelas
Gráficos
Análise dos resultados: panorama geral
Findings
Análise dos resultados: equações e taxas de geração de viagens

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