Abstract

Este é um estudo acerca da realização do português falado no Sul do Brasil a partir de dados do Atlas Linguístico-Etnográfico da Região Sul do Brasil (Altenhofen et al., 2011) e discute resultados da dissertação de Robbin (2022). O artigo analisa denominações para três questões relacionadas à morte, QSL 479 (sepultura/cova), QSL 480 (túmulo/carneira) e QSL 499 (fantasma/visagem). Propõe-se, também, recartografação dos dados, permitindo observação da distribuição dos itens lexicais e mapeamento de territorialidades na formação das áreas lexicais. Identificou-se a existência de duas subáreas no Paraná, uma mais ao norte, região chamada Paraná Moderno, de ocupação recente; e outra ao centro-sul, denominada Paraná Antigo, ocupada por tropeiros no período colonial. Além disso, verificou-se a atuação de duas forças linguísticas divergentes, uma partindo de São Paulo em direção ao Paraná, recobrindo grande parte do estado, denominada falar paulista; e outra na porção meridional do Sul do Brasil, intitulada falar sulista, que influencia Rio Grande do Sul, porções do oeste catarinense e sudoeste paranaense, seguindo o caminho das rotas migratórias gaúchas recentes.

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