Abstract
Resumo O presente artigo é fruto de um exercício analítico que aproxima duas investigações em instituições totais da cidade de Imperatriz (MA): a Comunidade Terapêutica Renascer Feminino e a Casa da Criança. O interesse pelo diálogo entre essas investigações nasce da percepção de que os pesquisadores envolvidos, em pesquisas dissociadas, interagiam com sujeitos que estavam em relação: algumas das mulheres que residem no CT Renascer Feminino são mães das crianças que habitam a Casa da Criança, sob a tutela do Estado, e aguardam o retorno de suas mães para reavê-las ou serão definitivamente encaminhadas para adoção. Foi assim que as duas etnografias produzidas revelaram os aspectos comuns que marcavam o funcionamento das duas instituições e as relações estabelecidas entre crianças, mulheres e entre ambos os grupos e os dirigentes. O fio condutor do artigo é a discussão sobre controle e disciplina exercidos sobre crianças e mulheres pelo Estado, cuja retórica repousa no possível reencontro dos dois agentes, caso se rendam ao controle do Estado. Por outro lado, estes agentes – crianças e mulheres – criam estratégias para burlar o controle disciplinar, resistindo ao controle total das instituições e engendrando novos modos de pertencimento às instituições que por ora habitam.
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