Abstract

Esse texto tem como objetivo estabelecer um diálogo entre Exu, orixá mensageiro das religiões afro-brasileiras, e a História do Tempo Presente, uma nova atitude metodológica no fazer historiográfico datada de meados da segunda metade do século XX, oriunda da França. Para tal, é feito uso de bibliografia atinente produzida por intelectuais de terreiro, tais como Luiz Rufino, Pai Rodnei de Oxóssi, Muniz Sodré e Ronilda Iyakemi Ribeiro, em diálogo com pensadores relevantes aos debates da Teoria da História, nomeadamente, Walter Benjamin, Chimamanda Ngozie Adichie, José D’Assunção Barros e Reinhart Koselleck. O texto está dividido em três partes. Na primeira delas, as possibilidades teórico-metodológicas da Exunêutica para a operação historiográfica são discutidas, almejando transformar a cruz cristã – sob(re) a qual a disciplina histórica foi erigida – na encruzilhada de Exu. Na sequência, Walter Benjamin e Chimamanda Ngozie Adichie encontram Exu e os combates contra os perigos de uma história única ganham um poderoso aliado. Na terceira e última parte, concluo o texto tecendo reflexões gerais sobre as diversas discussões apresentadas.

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