Abstract

Durante muito tempo, quando se falava de África, pensava-se em um continente em que prevalecia a miséria e que estava fadado ao fracasso. Esse pensamento é fruto de uma história única desenvolvida, sobretudo, pelo ocidente que estereotipou o continente africano. A literatura, que estabelece diálogos com momentos históricos e representa sociedades, tem contribuído para desconstruir essa narrativa única, principalmente, com a relevância, cada vez maior, que autores e narrativas de origem africana alcançam. Nesse sentido, o presente trabalho analisa a interação entre os movimentos do Pan-africanismo e do Renascimento Africano, respectivamente, nas obras Meio Sol Amarelo e Americanah, de Chimamanda Ngozi Adichie. Para isso, é empregado um procedimento indutivo e a investigação bibliográfica, que apresenta pressupostos teóricos desses dois movimentos desenvolvidos em períodos distintos, o Pan-africanismo nos séculos XIX e XX e o Renascimento Africano a partir da última década do século XX até a contemporaneidade. No desenvolvimento desse percurso, percebeu-se que as obras de Adichie apresentam nuances dos dois movimentos supracitados e que a autora desconstrói o estereótipo de uma história única sobre a África ao representar a complexidade das situações vivenciadas pela população.

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