Abstract
O principal co-produto obtido na síntese do biodiesel é a glicerina. Assim investiga-se um meio para converter a glicerina em produto de utilidade, como etanol combustível. Desta forma a decomposição da glicerina ocorre pela fermentação anaeróbica realizada com a bactéria Escherichia coli. O objetivo deste trabalho foi estudar o comportamento eletroquímico do aço inoxidável 304 em H 2 SO 4 2 mol L -1 , na ausência e presença de etanol em diferentes concentrações. Foram empregadas como técnicas: medidas de potencial de circuito aberto, polarização potenciodinâmica anódica e catódica, espectroscopia de impedância eletroquímica, microscopia óptica e condutividade elétrica. A fermentação anaeróbica obteve um rendimento de 93,05 % etanol. Estudos de polarização anódica mostraram a existência de dois picos na região ativa, que de acordo com as micrografias ópticas são atribuídos a diferentes tamanhos de grãos, que ocorreram devido o tratamento térmico e associado a precipitação de caberto de cromo. Os diagramas de impedância eletroquímicos levantados mostram que o maior arco foi obtido para os sistemas contendo etanol. Nas curvas de polarização catódica averigou-se uma inibição do processo devido adsorção do etanol na superfície. A energia de adsorção foi de 2,05 104 cal k -1 mol -1 , indica ser uma adsorção química.
Highlights
A utilização de etanol oriundo da fermentação de glicerina para inibição da corrosão acarreta uma vantagem ambiental singular ao processo
Devido à crise energética instalada com a previsão do esgotamento das reservas petrolíferas a produção de biodiesel encontra-se em crescimento acelerado e para cada 90 m3 de biodiesel produzidos, são gerados 10 m3 de glicerina, sendo superior a demanda do mercado a glicerina permanece estocada [15, 16]
Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito inibidor na corrosão do aço inoxidável 304 em meio de H2SO4 2 mol L−1 do etanol produzido a partir da fermentação da glicerina por Escherichia coli
Summary
Os aços inoxidáveis constituem uma das classes de ligas metálicas mais representativas economicamente. Silva [10] estudou o comportamento do aço carbono em H2SO4 na presença de etanol, mesmo não apresentando diferença significativa no valor de potencial de corrosão quando se aumenta a concentração de etanol, ocorre uma inibição da corrosão do aço inoxidável neste meio [10]. A utilização de etanol oriundo da fermentação de glicerina para inibição da corrosão acarreta uma vantagem ambiental singular ao processo. A sua contribuição para a sustentabilidade é dada não apenas por ser produzido a partir de uma fonte renovável e descentralizar a produção de etanol da cana-de-açúcar, mas também por solucionar um problema inerente a produção de biodiesel, o acúmulo de glicerina [11–14]. Este trabalho tem como objetivo avaliar o efeito inibidor na corrosão do aço inoxidável 304 em meio de H2SO4 2 mol L−1 do etanol produzido a partir da fermentação da glicerina por Escherichia coli
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