Abstract

Os animais sempre fizeram parte das sociedades humanas, seja como fonte de alimento, entidades sagradas, companhias ou mercadorias. Dentre as vertentes de estudos sobre as relações humanos e animais não humanos, este artigo focaliza um aspecto pouco investigado pelas ciências sociais: a dimensão social das políticas de controle das doenças transmitidas entre humanos e animais (doenças zoonóticas). Analisamos as controvérsias e conflitos que ocorrem entre as medidas sociotécnicas adotadas pelos serviços de vigilância epidemiológica para o controle dessa doenças e os significados atribuídos para este controle pelos profissionais de vigilância de zoonoses e pelos meios de comunicação, tendo como estudo de caso as ações públicas de controle da leishmaniose visceral canina desenvolvidas em Florianópolis-SC entre 2010 e 2020. Um dos fatores para a baixa efetividade das políticas públicas de controle está relacionada à falta de articulação entre fatores epidemiológicos e sociais (relacionados às famílias multiespécies) nas campanhas preventivas.

Full Text
Published version (Free)

Talk to us

Join us for a 30 min session where you can share your feedback and ask us any queries you have

Schedule a call