Abstract
Proponho pensar a epistemologia da encruzilhada como a boca da [r]existência do povo preto, traçando assim pensamento da encruzilhada como afirmação da política da diferença e crítica à colonialidade do poder-saber, ao pensamento eurocêntrico e patriarcal. O objetivo é compreender a complexidade de Exu como pedra filosofal negra e a encruzilhada como agenciamento político-discursivo, onde os sujeitos subalternos possam, a partir de si, pensarem um novo projeto de humanidade, bem como perceber a alegria, a boca, a desobediência e a palavra como estratégias de resistência ao nos fazer pensar o lugar social e político de fala que os sujeitos e sujeitas ocupam na sociedade. Para abordar esse assunto, irei debruçar-me no Mito de Exu, bem como recuperar a filosofia da encruzilhada a partir de uma leitura de dentro e problematizá la sob o signo da resistência. Conclui se que a encruzilhada como agenciamento transforma-se numa potente máquina de guerra contra toda forma de opressão e ao mesmo tempo é o lugar de emancipação do povo preto. Encontra na alegria, na palavra e na fala a forma mais ampla e correta de humanização, libertação e [r]existência.
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