Abstract

A originalidade deste trabalho consiste em consolidar outras perspectivas menos corriqueiras de entendimento dos “ecótonos urbanos”. O presente trabalho tem como objetivo principal apresentar as fricções sociais associadas ao tema do racismo ambiental na sociedade brasileira, ao reconhecer que historicamente a maior parte da população mais pobre e vulnerável é formada por negros. Dentre os objetivos específicos, pretende-se: discutir a gênese do racismo em relação aos negros no Brasil; identificar o papel representativo do assentamento precário no contexto do racismo ambiental que impacta sobre determinados grupos sociais, inclusive em manifestações na forma de sindemia. Como relevância de pesquisa, considera-se que cada contribuição crítica que se soma às insurgências decolonialistas é fundamental diante de um racismo estrutural histórico e resistente. Como processo metodológico, intenciona-se apresentar dados históricos e populacionais que ilustrem a força do racismo no descompasso do desenvolvimento socioeconômico dos negros na sociedade brasileira.

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