Abstract

A discussão sobre turismo comunitário e solidário sugere reflexões a respeito das modalidades: turismo cultural, etnoturismo, ecoturismo e agroturismo, muitas vezes, apropriadas a lógicas darwinista de mercado e dinâmica capitalista, limitando a potencialidade de experiências turísticas à conservação de modos de vida de populações tradicionais. O objetivo deste trabalho é dialogar com experiências de cerimoniais de trocas mercantis vivenciadas em Marraquech, em dezembro de 2008, para compreensão do turismo comunitário e solidário que vem acontecendo na America Latina. O turismo em Marraquech é seccionado por uma muralha. Na Medina, dentro da muralha, o apelo sociocultural beribére e árabe predomina sob cerimonial mercantil único: “não se sabe bem ao certo ou ‘nunca’ se saberá se está fazendo ou não um bom negócio”. Fora da muralha, o circuito sociocultural ocidentalizado prevalece em redes de hotéis, restaurantes e lojas internacionais conhecidas como “quanto mais caro, melhor deve ser!” O que faz refletir é o quanto os cerimoniais, representados por modos de vida estão próximos ou distantes. Certamente a muralha física é bem menor do que o muro simbólico estabelecido entre aldeias: ocidental e comunitária, e entre o turismo convencional e  de base local e solidária.  

Highlights

  • RESUMEN: La discusión sobre turismo comunitario y solidario sugiere reflexones respecto a las modalidades de turismo cultural, turismo étnico, ecoturismo y agroturismo, muchas veces apropiadas a la lógica darwinista de mercado y a la dinámica capitalista, limitando la potencialidad de las experiencias turísticas a la conservación de modos de vida de poblaciones tradicionales

  • O turismo comunitário tem a demanda de visitantes conscientes estudantes, professores, pesquisadores e simpatizantes do tema para contato com práticas de preservação da natureza e, ao mesmo tempo, de conservação de modos de vida tradicionais

  • Experiências desse tipo são incentivadas e viabilizadas por Organizações Não-Governamentais (ONGs), como o Instituto LaGOE (Curitiba, Paraná), AGRECO (Santa Rosa de Lima, Santa Catarina), Instituto Terramar (Ceará), para o turismo a baixo custo, oportunidades de trabalho nas comunidades, monitorado como zona de laboratório, em redes de ajuda que articulam esforços de atendimento de demandas comunitárias e, ao mesmo tempo, estreitam laços entre residentes e visitantes (McGEHEE, 2002; SAMPAIO et al, 2007a; 2007b; 2007c)

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Summary

DEL TURISMO COMUNITARIO Y SOLIDARIO

RESUMO: A discussão sobre turismo comunitário e solidário sugere reflexões a respeito das modalidades: turismo cultural, etnoturismo, ecoturismo e agroturismo, muitas vezes, apropriadas a lógicas darwinista de mercado e dinâmica capitalista, limitando a potencialidade de experiências turísticas à conservação de modos de vida de populações tradicionais. O objetivo deste trabalho é dialogar com experiências de cerimoniais de trocas mercantis vivenciadas em Marraquech, em dezembro de 2008, para compreensão do turismo comunitário e solidário que vem acontecendo na America Latina. O turismo em Marraquech é seccionado por uma muralha. Dialogando com experiências vivenciadas em Marraquech e America Latina para compreensão do turismo comunitário e solidário. Representados por modos de vida estão próximos ou distantes. Certamente a muralha física é bem menor do que o muro simbólico estabelecido entre aldeias: ocidental e comunitária, e entre o turismo convencional e de base local e solidária.

Territórios e modos de vida
Arranjo socioprodutivo de base comunitária
Experiência sobre cerimoniais de trocas mercantis vivenciados em Marraquech
Considerações finais
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