Abstract

O presente ensaio aborda o tema “cultura do empresário de si”, que penetrou no debate educacional brasileiro nos últimos anos. Justificada por um conjunto de princípios provenientes do mercado neoliberal, essa cultura transfere os dispositivos empresariais, tais como a produtividade, a competitividade e o desempenho, para o âmbito pedagógico, subordinando os professores e estudantes a uma nova governamentalidade. Assim, temos como objetivo geral, pôr em discussão o papel desempenhado pela racionalidade pedagógica empreendedora no direcionamento das formas de governo de si e dos outros. Para se chegar à uma conclusão, partimos dos seguintes questionamentos: por qual motivo inserir a cultura do empresário de si nas escolas? Essa cultura é suficiente para dirimir as desigualdades sociais conforme sugerido por seus defensores? O que temos feito de nós mesmos sob as formas de controle da vida? Logo, baseamo-nos no pressuposto de que a cultura do empresário de si traduz-se naquilo que Foucault chamou de “governamentalidade”. Assim, a crítica foucaultiana à sociedade neoliberal, emerge como um referencial teórico capaz de desenvolver, em bases diferentes, as concepções neoliberais, dentre as quais se insere a educação escolar na atualidade.

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