Abstract
ABSTRACTThe purpose of this paper is to discuss how professionals who have gone through traditional work relationships organize themselves in the new labor reality of flexible contracts experiment, considered in this research as contracts that are not governed by the Brazilian Consolidation of Labor Laws (CLT). Through interviews with 43 well-qualified workers, we built a typology consisting of nine profiles with specific characteristics, namely: the PJ, the Parachutist, the Indif ferent, the Pragmatist, the Independent, the Autonomous, the Businessman, the Resentful, and the CLT. The results showed that the construction of profiles allowed to understand how skilled professionals face the new reality of work and concluded, in this case, that flexible work is not a synonymous of job insecurity, because it does not entail neces sarily losses from professional or personal perspectives for the individual that choses to execute this kind of contract.
Highlights
No modelo industrial, de produção em massa e fordista, que predominou na primeira metade do século XX, havia um contrato padrão de trabalho, com remuneração fixa, que ocorria no local de trabalho do empregador, sob sua supervisão, por tempo indeterminado, em período integral, normalmente de segunda-feira a sexta-feira e em horários diurnos (Cappelli, 1997; Kalleberg, 2000; Faria & Rachid, 2006; Findlay, Kalleberg, & Warhurst, 2013)
A partir da análise das entrevistas, procurou-se identificar os significados associados às experiências e trajetórias profissionais
De forma geral, pode-se dizer que para todos os participantes da pesquisa se conseguiu identificar um perfil dominante, a partir dos elementos principais obtidos em suas entrevistas
Summary
De produção em massa e fordista, que predominou na primeira metade do século XX, havia um contrato padrão de trabalho, com remuneração fixa, que ocorria no local de trabalho do empregador, sob sua supervisão, por tempo indeterminado, em período integral, normalmente de segunda-feira a sexta-feira e em horários diurnos (Cappelli, 1997; Kalleberg, 2000; Faria & Rachid, 2006; Findlay, Kalleberg, & Warhurst, 2013). Dentro do mercado de trabalho contemporâneo muitos profissionais passaram a estabelecer diferentes tipos de relações contratuais com as empresas e a prática de contratos flexíveis de trabalho, geralmente de curto prazo, passou a ser intensamente usada (Cappelli, 2010; Rubery & Urwin, 2011). Essa estratégia foi utilizada por muitas organizações e por diversos profissionais, ao ponto de a disseminação dos contratos flexíveis instaurar no mercado a coexistência de diferentes relações e contratos de trabalho. O objetivo neste artigo é debater a seguinte questão: Como profissionais que já passaram por contratos tradicionais de trabalho vivenciam a nova realidade laboral, ou seja, experimentam contratos flexíveis, considerados nesta pesquisa como contratos não CLT?. Na última seção registram-se as considerações finais da pesquisa
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