Abstract

A condutividade hidráulica (K) é um fator determinante em relação às características de um aquífero, permitindo (ou não) a transmissão de fluidos e influenciando, assim, na velocidade de fluxo em diferentes camadas geológicas. Dessa forma, constitui fator-chave na compreensão do fluxo de água e de contaminantes. Neste trabalho, a granulometria do Aquífero Rio Claro é utilizada para mais bem entender a distribuição de suas propriedades hidráulicas, em particular da condutividade hidráulica, obtida pelos métodos de Hazen, Shepherd e Krumbein & Monk. Os resultados foram comparados a testes de slug (Hvorslev) efetuados em poços existentes que exploram o aquífero. Verificou-se que a Formação Rio Claro apresenta grande variabilidade na relação areia/argila, sendo constituída por areias limpas, areias argilosas, até lentes silto-argilosas. A variabilidade granulométrica é grande próximo ao contato com a Formação Corumbataí, com mudanças marcantes nas quantidades de argila, silte e areia fina, além de contribuição expressiva de grânulos. Essa variabilidade litológica influencia na distribuição da condutividade hidráulica, cujos valores variam entre 8 x 10-3 cm/s e 2 x 10-3 cm/s em arenitos e são cerca de duas a três ordens de grandeza menores em lamitos. Os arenitos da Formação Rio Claro, apesar de espessuras restritas, possuem alta condutividade hidráulica, constituindo um ótimo reservatório de águas subterrâneas; porém, a presença de espessas lentes de argila pode atuar como barreiras hidráulicas. Desse modo, esta unidade aquífera tem o seu potencial de explotação subordinado à presença e continuidade espacial de camadas de arenitos com pouca matriz.

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