Abstract

Objetivo e método: O acesso a séries de dados tem um papel central na área de Finanças. A crescente disponibilidade de grandes volumes de dados, em diferentes formatos e em alta frequência, combinada aos avanços tecnológicos nas ferramentas de armazenamento e processamento desses dados, têm criado um novo cenário nas pesquisas acadêmicas em geral, e em Finanças em particular, gerando novas oportunidade e desafios. Entre esses desafios emergem questões metodológicas, vastamente discutidas por pesquisadores de diferentes áreas, mas também questões epistemológicas que merecem maior espaço de discussão. Assim, o objetivo deste ensaio teórico é analisar o aspecto conceitual e epistemológico da utilização de dados intensivos e seus reflexos para a área de Finanças.
 
 Resultados e contribuições: Consideramos que o método hipotético-dedutivo de pesquisas empíricas, que é o mais recorrente, limita a construção do conhecimento na dita ‘era Big data’, uma vez que tal abordagem parte de uma teoria estabelecida e restringe as pesquisas ao teste à(s) hipótese(s) proposta(s). Defendemos aqui a apropriação de uma abordagem abdutiva, como defendida em Haig (2005), que tem convergência com as ideias da grounded theorye que parece ser a abordagem mais adequada para esse novo contexto, por possibilitar a ampliação da capacidade de se obter informações de valor dos dados.

Highlights

  • Considerações IniciaisOs avanços da internet e a ampliação do uso de tecnologias de comunicação móveis trouxeram como consequência um crescimento substancial na quantidade e na armazenagem de dados.

  • Entre essas áreas beneficiadas pelo Big Data, pode-se citar a de Finanças, área em que os dados ocupam um papel central em seu desenvolvimento acadêmico e profissional (Seth & Chaudhary, 2015).

  • A ‘era do Big Data’, por suas particularidades (sobre as quais falaremos mais adiante), traz novos dilemas associados, em primeira instância, a questões tecnológicas e estatísticas e, em um segundo momento, à dimensão epistemológica da pesquisa e da produção de conhecimento (Ekbia et al, 2015).

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Summary

Considerações Iniciais

Os avanços da internet e a ampliação do uso de tecnologias de comunicação móveis trouxeram como consequência um crescimento substancial na quantidade e na armazenagem de dados. Entre essas áreas beneficiadas pelo Big Data, pode-se citar a de Finanças, área em que os dados ocupam um papel central em seu desenvolvimento acadêmico e profissional (Seth & Chaudhary, 2015). A ‘era do Big Data’, por suas particularidades (sobre as quais falaremos mais adiante), traz novos dilemas associados, em primeira instância, a questões tecnológicas e estatísticas e, em um segundo momento, à dimensão epistemológica da pesquisa e da produção de conhecimento (Ekbia et al, 2015). Focamos em algumas questões que a utilização da abordagem de Big Data traz para Finanças. Algumas considerações são expostas e são apontados outros desafios que entendemos mais relevantes para o novo cenário acadêmico e profissional

O Big Data: características e desafios da construção de conhecimento
Caracterização do Big Data
Construção do conhecimento baseado em Big Data
Mudanças epistemológicas e metodológicas da era do Big Data
Método abdutivo e o Big Data
Desafios metodológicos para utilização de Big Data
Big Data e sua contribuição para estudos de Finanças e o Mercado de capitais
Considerações Finais

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