Abstract

Com o presente artigo, propomo-nos entender de que modo o Oriente é retratado, no âmbito de uma literatura contemporânea, como um lugar longe que assume a forma de um tempo perto. Para o efeito, debruçar-nos-emos sobre o romance Relato de um certo Oriente de Milton Hatoum, analisando o modo como o escritor descreve o sensorialismo, o tempo e a linguagem como meios de representação de uma realidade oriental. A fim de dar espessura teórica à nossa abordagem, não esqueceremos de estabelecer uma comparação entre a estética hatoumiana e uma tendência do imaginário coletivo ocidental, nomeadamente no Medievo, para considerar o Oriente como zona de projeção de desejos e temores.

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