Abstract

Desde os anos 1950, tornou-se um lugar-comum nacional assinalar a miséria da crítica arquitetônica no Brasil, como se o magnetismo internacional da arquitetura moderna local tivesse bloqueado qualquer possibilidade de escapar de perspectivas ora apologéticas, ora de censura. Este artigo tem como objetivo traçar uma genealogia da crítica arquitetônica radical no Brasil, conectando alguns desafios intelectuais e políticos ao surgimento, desenvolvimento e declínio (ou persistência) da arquitetura moderna entre nós. Para tanto, retornarei a dois projetos críticos distintos: primeiro, os escritos sobre arquitetura do crítico de arte Mário Pedrosa (1900-1981), que, nas décadas de 1950 e 1960, buscava compreender o lastro cultural da arquitetura moderna no Brasil; em segundo lugar, um discurso mais comprometido profissionalmente, levantado entre os anos 1960 e 1970 pelo arquiteto Sérgio Ferro (1938-), para quem o papel sociotécnico do projeto deveria ser testado diante da modernização material brasileira. Ao fazer isso, espero poder tocar alguns dos dilemas críticos contemporâneos em face da disciplina, sua história e sua atualidade intelectual e política.

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