Abstract
Este artigo apresenta e discute a trajetória intelectual de Mário Neme em sua construção enquanto intelectual polígrafo no decorrer de sua fixação e estabelecimento na cidade de São Paulo, durante as décadas de 1930 até 1960. Neste período, o intelectual tornou-se funcionário público, escreveu para jornais, produziu contos, realizou pesquisas históricas e compôs a rede de intelectuais que discutia a formação histórica do estado e do país. Esta investigação, objetiva compreender a formação empírica e a rede de sociabilidade vivenciadas por Neme, e o impacto nos trabalhos executados por ele. Para a escrita deste texto, realizei pesquisa em periódicos, fontes literárias e documentos de instituições como Arquivo Histórico Municipal de São Paulo, Centro de Documentação do Museu Paulista, entre outros. São discutidos conceitos e contextos a partir de alguns autores como Sirinelli (2003), Lahuerta (1999), Darnton (2001), Miceli (2008), entre outros pesquisadores que discutem temas aqui tratados. Pretende-se assim, analisar uma fração da vida do autor em que sua formação e inquietações são latentes e demonstram a riqueza da vida cultural daquele momento histórico.
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