Abstract

Este trabalho consiste em comentar a experiência tradutória de descrição das deidades cultuadas por povos pré-hispânicos do território mesoamericano antes da invasão castelhana no século XVI que estão presentes em MALINCHE (2006), obra literária da escritora mexicana Laura Esquivel. Os comentários fundamentam-se na perspectiva etnográfica descritiva de François Laplantine, na qual a tarefa de traduzir é abordada não como um mecanismo de substituições e correspondências entre palavras, mas como um espaço oportuno para um encontro e interação de culturas e línguas. Assim, foi necessário refletir sobre as modificações que devem sofrer o olhar do sujeito-tradutor sobre si mesmo, com o propósito de não encarar o outro como desvio ou espanto. A tarefa exige da tradução da referida obra literária um propósito que seja capaz de olhar de que maneira serão plasmados os valores espirituais pré-hispânicos na língua da tradução a fim de situar o “outro” pertencente um locus cultural distinto. Neste sentido, propõe-se apresentar a descrição como um recurso válido de tradução uma vez que ela promove os olhares mútuos entre culturas distintas. A tradução-descritiva torna-se o objeto de observação da observação, fazendo ver os limites e também as grandes extensões que permite um tradutor alcançar em seu caráter performático.

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