Abstract

O artigo busca compreender, por meio de análise literária, como as experiências da recente pandemia de Covid-19 têm sido representadas na poesia brasileira contemporânea. Foram selecionados os poemas “XXII”, de Raquel Reis (A dor cotidiana, 2021), e “Abertura”, de João Antônio Cavalcanti (A era das manadas, 2021). De modo geral, os poemas são revestidos de uma dimensão social que abarca a crítica aos impactos negativos da crise sanitária, aos altos índices de mortalidade e ao governo brasileiro. Por outro lado, as obras também são perpassadas por uma dimensão interiorizada, de expressão da subjetividade de um eu lírico atravessado pela incerteza, a aflição, a impotência, e os sentimentos de perda e de impossibilidade. Destarte, a análise fornece alguns indícios de como a poesia brasileira tem elaborado a experiência da Covid-19, de maneira a contribuir com futuras pesquisas nos Estudos Literários e em outros campos do saber.

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