Abstract

Ainda que o mercado brasileiro de histórias em quadrinhos seja amplamente caracterizado pela importação de outros países, é inegável a existência de uma significativa produção de histórias em quadrinhos nacionais – e regionais. No Pará, por exemplo, a década de 1970 representou o início da publicação de histórias em quadrinhos criadas por paraenses em jornais do estado, além do lançamento de concursos e editais para incentivar os interessados em publicar suas próprias histórias. Belém foi palco do surgimento de grupos que, durante anos, fomentaram a interação e a produção de diversos quadrinistas. Fanzines e revistas de quadrinhos saíram, resultantes da atuação desses grupos, dentre os quais se destacam o fanzine Ponto de Fuga (em várias edições, elaborado pelo grupo Ponto de Fuga) e o título Catarse Quadrinhos (em edição única, viabilizada a partir da contemplação do grupo Catarse com o Prêmio IAP de Edições Culturais do ano de 2008). Ademais, revistasindependentes, fruto do trabalho conjunto de alguns quadrinistas (não necessariamente reunidos sob o nome de um grupo) ou de um único responsável, também compõem o quadro geral de histórias em quadrinhos belenenses. Belém Imaginária, Encantarias – a lenda da noite e Pretérito mais que perfeito são exemplos de histórias em quadrinhos produzidas na capital paraense que adquiriram repercussão inclusive em outros estados; enquanto que Volney Nazareno, Otoniel Oliveira e Carlos Paul são alguns dos nomes por trás das publicações. Dito isso, o objetivo deste trabalho é apresentar um panorama do cenário de histórias em quadrinhos em Belém, abordando títulos e quadrinistas; formaçãoe atuação de grupos; concursos, editais, patrocínios privados e outras formas de viabilização financeira; eventos locais e espaços de circulação das histórias, dentre outros pontos relevantes à proposta.

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