Abstract

O presente artigo tem como propósito realizar uma análise sobre o avanço dos agrotóxicos em Alagoas a fim de apontar quais os tipos usados no estado, suas respectivas classificações toxicológica e ambiental e os riscos que representam. O texto tem como ponto de partida teórico a compreensão de que, a partir da década de 1960, passou a ser realizado no campo brasileiro um conjunto de mudanças voltadas para promover o desenvolvimento das forças produtivas, processo denominado modernização da agricultura, que implantou um pacote de biotecnologias oriundas da Revolução Verde. Como resultado do processo da modernização, o agronegócio passou a ser adotado como modelo agrícola para o país, dando continuidade ao uso dos insumos industriais de modo cada vez mais intenso. Um dos principais elementos componentes desses pacotes são os agrotóxicos, cuja aplicação se expandiu consideravelmente no país ao longo dos anos, causando graves danos socioambientais. Diante disso, situamos o contexto do estado de Alagoas, onde se tem presenciado um acentuado aumento do uso de agrotóxicos, representando graves perigos ambientais e sociais para a população local. Nesse sentido, os resultados da pesquisa apontaram que entre 2012-2021 houve um substancial aumento da comercialização de agrotóxicos em Alagoas, sendo esse processo impulsionado pelas medidas de isenções fiscais adotadas pelo estado, sendo o Glifosato, o 2,4D e o Diuron os ingredientes ativos mais vendidos, os quais se constituem como elementos potencialmente perigosos para a saúde humana e para o meio ambiente, conforme as classificações da International Agency for Reserch on Cancer (IARC).

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