Abstract
O avanço rápido da investigação e a proliferação mundial dos seus resultados são um ganho indiscutível para o desenvolvimento da sociedade, com traduções claras nos avanços tecnológicos, sociais e humanos. Este acréscimo de estudos e a disseminação dos resultados são um repto para os investigadores, que, por um lado, têm acesso a estudos diversos sobre um dado tema, mas continuam a ter o desafio de fazer chegar os resultados da investigação ao cidadão e à sociedade. Esta dificuldade é transversal a todas as áreas de conhecimento e nota-se, sobretudo, na implementação dos resultados dos estudos qualitativos. Não obstante a crescente aceitação do conhecimento produzido nos paradigmas construtivista e interpretativista de investigação, as guidelines e os estudos de síntese de evidências continuam a privilegiar modelos positivistas, com perdas na compreensão da complexidade e da riqueza dos fenómenos sociais e humanos, perdendo-se insights valorosos para a compreensão dos acontecimentos, isoladamente ou em complementaridade com abordagens quantitativas. O que se apresenta neste artigo objetiva não só a discussão dos desenhos de investigação, mas também a redefinir como se interligam a síntese de evidências e o respetivo método científico para o fazer, e reconsiderar os modelos que são usados para transferir e implementar o ‘conhecimento Quali’ em contextos com especificidades culturais e recursos disponíveis dispares.
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