Abstract

Esse trabalho aborda as dinâmicas sociais envolvidas no processo historicamente recente de constituição de um mercado de produtos globalizados na fronteira Brasil/Uruguai a partir da criação, em 2010, dos chamados free shops em algumas das cidades daquela região. Embora o comércio – legal e ilegal - faça parte dos fluxos que cruzam a linha divisória entre os dois países desde a sua formação, a recente criação das zonas de isenção fiscal propiciou o estabelecimento de novos circuitos do chamado turismo de compras. Além dos aspectos políticos-legais que os instituíram, o estabelecimento desses novos circuitos se baseia na atuação de uma grande diversidade de agentes que estão implicados na logística de transporte e hospedagem, na divulgação dos estabelecimentos comerciais e dos produtos, na orientação e fiscalização dos viajantes/consumidores em relação às regras aduaneiras, etc. A etnografia dessas dinâmicas nos permite identificar atores e processos envolvidos na construção da fronteira nacional como um mercado.

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