Abstract

Neste artigo, discutimos acerca do fenômeno do hermeticamente fechado, tal como descrito por Kierkegaard, em diálogo com a observação da experiência de uma escuta clínica psicológica fenomenológico-existencial. Visando construir um texto que perfaça a experiência de aproximação da Psicologia apontada por Kierkegaard, nos colocamos diante da expressão do desespero do homem com a própria condição existencial de liberdade: diante da e na liberdade. Junto às descrições de Kierkegaard, dialogamos acerca da comunicação involuntária e súbita desse fenômeno ao margear os acenos do que foi guardado pelo movimento do não à liberdade em observação da possibilidade de: um conteúdo fechado. Nesta sondagem, espreita-se com os olhos da liberdade o mutismo do hermético, fia-se em descrever o movimento do fechamento e da condição de escuta que acompanha a possibilidade do despertar da abertura constitutiva do ser humano: na margem da escuta clínica. Concluímos que a relação de ajuda da clínica que se põe à escuta da comunicação do hermeticamente fechado se dá na aproximação e na construção de uma atmosfera de paciência, de suspensão de qualquer identificação normativa e espreita por via indireta, a partir da escola da possibilidade: a diferença na liberdade, a continuidade do movimento de ser a relação com a própria condição de ser do humano.

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