A escolha do português como a língua oficial e, consequentemente, a língua do trabalho e da escolarização se tornou um dos assuntos mais debatido no contexto guineense, porque não é a língua diária e, muito menos, a língua materna da maioria dos alunos que chegam à escola, o que significa que é apenas uma língua que os alunos aprendem por adição, ou seja, uma língua adicional para muitos dos alunos guineenses. É, neste sentido, que, nesta discussão, buscamos analisar o ensino de português como língua adicional a partir das atividades de leitura e escrita dos materiais didáticos Histórias dos avós usados para as aulas de português dos alunos de 4ª série do Ensino Fundamental das escolas guineenses. Para isso, fizemos uma pesquisa documental, com abordagem qualitativa, buscando fundamentar as discussões nos escritos de XXXXXXX (2021) Leffa e Irala (2014) e Antunes (2003). A partir das análises das atividades de leitura e escrita dos materiais didáticos, percebemos que o ensino da língua portuguesa como língua adicional no contexto guineense ainda está baseado na perspectiva tradicional e mecanicista, não proporcionando, ao aluno guineense, as atividades que lhes permitem desenvolver a competência linguística, assim como a comunicativa.