Objetivo: Realizar um levantamento acerca do cenário epidemiológico de HIV/Aids em Alagoas. Método: Trata-se de estudo epidemiológico descritivo com abordagem quantitativa acerca do cenário do HIV e da Aids no estado de Alagoas no período de 2009 a 2018, utilizando dados secundários do SINAN por meio da Ficha de Notificação/Investigação Aids (pacientes com 13 anos ou mais) disponibilizados pela Secretaria de Saúde do Estado de Alagoas (SESAU), tabulados em planilha eletrônica (Microsoft Excel®) e analisados estatisticamente através do software Statistical Package for the Social Sciences (SPSS) 22.0. As variáveis constituintes desse estudo são: dados sociodemográficos, vias de transmissão do HIV, critérios de definição de casos de HIV/Aids e evolução dos casos notificados. Resultados: Foram notificados 7.447 casos de HIV e Aids no período observado, sendo 62,9% de indivíduos do sexo masculino e 37,1% do sexo feminino, apresentando média de idade de 35 anos, com 71,5% de pessoas da raça/cor parda e 44,5% de pessoas analfabetas ou que possuem até o ensino fundamental completo. A categoria de exposição mais frequente foi a heterossexual, consideravelmente maior entre as mulheres. Dos 102 municípios de Alagoas, 96 deles (94,12%) apresentaram casos de HIV e Aids. O estudo revela ainda que há aumento anual do número de novos casos notificados de HIV e diminuição do número de óbitos por Aids. Conclusão: O perfil epidemiológico do HIV/Aids em Alagoas é permeado pelos processos de vulnerabilidade social e de gênero, com o cenário apresentando tendências de interiorização, juvenização, feminização e pauperização ao longo da série histórica analisada.