O uso indiscriminado de antifúngicos vem contribuindo com a mudança no perfil epidemiológico de fungos resistentes, elevando a taxa de mortalidade nos pacientes acometidos. No Brasil, devido à ausência de dados oficiais, não existem relatos precisos sobre a primeira detecção de resistência a antifúngicos. Entretanto, dentre os agentes causadores de micoses oportunistas a espécie mais isolada é a Candida albicans, além de outras espécies como Cryptococcus neoformans, Sporothrix schenckii e Aspergillus spp. têm sido descritas. Este estudo buscou evidenciar o progressivo aumento dos índices de resistência de fungos oportunistas aos antifúngicos comumente utilizados e ressaltar a importância do conhecimento do perfil de sensibilidade antes do início do tratamento, pois o tratamento incorreto destas infecções agrava as falhas terapêuticas e leva à remissão das micoses. Realizou-se revisão de literatura científica com base no banco de dados Bireme, Scielo, Pubmed e Google Acadêmico, utilizando como descritores: Candida albicans, Sporothrix schenckii, Cryptococcus neoformans, Aspergillus spp., micoses oportunistas, resistência, resistência em micoses oportunistas, perfil de resistência e resistência fúngica no Brasil. Os mesmos foram pesquisados em português, inglês e espanhol. Com o crescente número de pacientes imunocomprometidos os índices de infecções oportunistas aumentaram. Patógenos fúngicos oportunistas, pertencentes a estes gêneros, mostraram-se resistentes aos poliênicos (anfotericina B), imidazóis (cetoconazol, miconazol, econazol), flucitosina, triazóis (voriconazol, fluconazol, itraconazol) e multiazóis em muitos estudos. A utilização inadequada de alguns antifúngicos vem contribuindo para o aumento de taxas de incidência de infecções oportunistas, principalmente por cepas resistentes, piorando o prognóstico destes pacientes.
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