O presente estudo analisa a Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG), a partir da perspectiva das práticas organizativas. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que coletou dados por meio de observação não participante, documentos e elementos visuais. Especificamente, os dados foram coletados visando abordar as práticas de representar evidenciadas no objeto do complexo predial da CAMG e inquirir sobre a prática organizativa de representar como uma ferramenta de gestão da organização-cidade. Foram utilizadas três estratégias de análise de dados processuais, a saber: narrativa, enquadramento temporal e mapeamentos visuais. Neste sentido, o presente estudo emprega uma estratégia analítica que permite apresentar os dados coletados e analisados por meio de um processo linear com início, meio e fim, para melhor ilustrar uma narrativa que emprega elementos visuais. Como resultado deste trabalho, verificou-se evidências de que os gestores lançam mão de diversas ferramentas no âmbito das práticas de representar que visam a manutenção de poder. Conclui-se que Administração Pública não utiliza as práticas organizativas de representar para dar significado às suas práticas, mas como uma ferramenta que oferece modos de ordenamento e controle para a gestão pública produzida.