Abstract

O presente estudo analisa a Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG), a partir da perspectiva das práticas organizativas. Trata-se de um estudo de natureza qualitativa que coletou dados por meio de observação não participante, documentos e elementos visuais. Especificamente, os dados foram coletados visando abordar as práticas de representar evidenciadas no objeto do complexo predial da CAMG e inquirir sobre a prática organizativa de representar como uma ferramenta de gestão da organização-cidade. Foram utilizadas três estratégias de análise de dados processuais, a saber: narrativa, enquadramento temporal e mapeamentos visuais. Neste sentido, o presente estudo emprega uma estratégia analítica que permite apresentar os dados coletados e analisados por meio de um processo linear com início, meio e fim, para melhor ilustrar uma narrativa que emprega elementos visuais. Como resultado deste trabalho, verificou-se evidências de que os gestores lançam mão de diversas ferramentas no âmbito das práticas de representar que visam a manutenção de poder. Conclui-se que Administração Pública não utiliza as práticas organizativas de representar para dar significado às suas práticas, mas como uma ferramenta que oferece modos de ordenamento e controle para a gestão pública produzida.

Highlights

  • Belo Horizonte, a exemplo de outras cidades que precisam lidar com entendimentos divergentes sobre o papel da cidade enquanto organização pública que administra serviços essenciais de forma exclusiva, construiu a Cidade Administrativa Presidente Tancredo de Almeida Neves (CAMG)

  • The data were collected to address the representation practices evidenced in the object of the building complex of the Cidade Administrativa de Minas Gerais (CAMG) and to inquire about the organizational practice of representation as a management tool of the organization-city

  • It is concluded that Public Administration does not use the organizational practices of representation to give meaning to their practices, but as a tool that offers modes of planning and control for the public management produced

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Summary

Introdução

Belo Horizonte, a exemplo de outras cidades que precisam lidar com entendimentos divergentes sobre o papel da cidade enquanto organização pública que administra serviços essenciais de forma exclusiva, construiu a Cidade Administrativa Presidente Tancredo de Almeida Neves (CAMG). A partir de sua inauguração no dia 4 de março de 2010, para celebrar o centenário de nascimento do expresidente Tancredo de Almeida Neves, a CAMG se converteu na sede oficial do poder executivo do estado de Minas Gerais. Nos governos subsequentes à sua inauguração, a cidade administrativa se tornou um objeto claro de disputa pelo poder, como quando o ex-governador de oposição Fernando Pimentel (2014-2017) escolheu por despachar novamente do Palácio da Liberdade e o governador Romeu Zema (2018-) elaborou políticas de austeridade para diminuir os custos da CAMG (Muratori, 2020). Atualmente o governo do estado é chefiado por este último, também de partido de oposição àquele que planejou e construiu a cidade administrativa, indicando que existe no objeto estudado um discurso claro de luta pelo poder.

Metodologia
O Caso em Contexto
Os meios do processo
As finalidades do processo

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