A mortalidade infantil ainda é um problema que aflige, sobretudo, as populações mais negligenciadas no Brasil. Apesar de esforços para sua diminuição os estados do norte e nordeste apresentam as maiores taxas no cenário nacional. O presente estudo tem como objetivo analisar as taxas de incidência de mortalidade infantil no estado da Bahia no contexto espacial e seus determinantes. A metodologia utilizada para o desenvolvimento deste estudo incorporou análises espaciais e econométricas, com a utilização de dados secundários do Censo Demográfico Brasileiro de 2010, do Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística. A partir de então, foram elaborados mapas temáticos, utilizando ferramentas de geoprocessamento. Seguiu-se com a identificação e representação da distribuição espacial da mortalidade infantil, assim como sua correspondência com outros indicadores socioeconômicos, a exemplo de taxa de analfabetismo, taxa de crianças vulneráveis à pobreza, esgotamento sanitário inadequado e coleta de lixo inadequada. Analisou-se ainda, as disparidades dos dados entre municípios pertencentes à região semiárida da Bahia e as demais regiões. Os resultados permitiram identificar que a região semiárida do Estado é que a apresenta os piores resultados para todas as variáveis estudadas, o que permite afirmar que é a região mais carente de políticas públicas.