A murcha bacteriana causada por Ralstonia solanacearum (Smith) é a doença bacteriana mais importante do tomateiro na Região Norte do Brasil. Os objetivos deste trabalho foram avaliar o nível de resistência de cultivares de tomate, avaliar o progresso da murcha bacteriana nesses genótipos a fim de conhecer o comportamento da doença nos diferentes estádios de desenvolvimento da cultura, para auxiliar no manejo da epidemia, e determinar a época crítica para o desenvolvimento da doença nessas cultivares nas condições de Roraima. Os experimentos foram conduzidos em um campo naturalmente infestado com a biovar 1 de Rasltonia solanacearum, por dois anos. A área tinha um histórico de quatro anos de plantios sucessivos com plantas de tomate suscetíveis à murcha bacteriana, e as perdas alcançando até 100%. Para condução do experimento foram utilizadas mudas das cultivares Majestade, Nemonetta, Carmen, Liliane, Santa Clara, Sensação, San Vito, Gaúcho Melhorado, Hector e Laura. Foram feitas seis avaliações do número de tomateiros que apresentavam murcha irreversível e/ou morte durante o ciclo da cultura. Foram determinadas as variáveis área abaixo da curva de progresso da doença (AACPD) e a taxa de progresso da doença (r), incidência média (Y50), incidência máxima (Ymáx) e a incidência final da doença. Os valores de AACPD e da variável r para a cultivar Majestade foram menores que para as demais, demonstrando que houve menor incidência de plantas doentes nesta cultivar, indicando resistência. Embora o nível de resistência apresentado por esta cultivar não seja muito elevado, o cultivo da mesma é recomendável e viável para o plantio no Estado de Roraima, especialmente considerando-se os altos preços do tomate, que são adquiridos de outras regiões produtoras no país, embora somente esta resistência não garanta, sozinha, o controle adequado da doença, sendo necessárias outras medidas de controle associadas.