Em algumas ligas metálicas existem átomos magnéticos cercados por vários outros não magnéticos. Os primeiros são tão poucos que não interagem entre si. Os segundos são maioria e formam uma banda de condução. Nestas ligas é comum a ocorrência de um fenômeno conhecido como Efeito Kondo. Trata-se do acoplamento entre o spin do átomo magnético com os spins dos elétrons da banda de condução. Este fenômeno, em baixas temperaturas, é perceptível em propriedades como suscetibilidade magnética, calor específico eletrônico, resistividade elétrica, entre outros; e é caracterizado por um parâmetro denominado Temperatura Kondo. O valor deste parâmetro indica a faixa de temperatura em que o Efeito Kondo passa a ser significativo. Sua determinação é importante para a compreensão de compostos metálicos em baixa temperatura, como Ce0.5La0.5Ni9Ge4,URu2Si2 entre outros. Krishna-murthy e colaboradores, através de cálculos perturbativos do modelo de Anderson para ligas magnéticas diluídas, propuseram uma tabela de dados de suscetibilidade magnética a partir da qual é possível a determinação da temperatura Kondo para sistemas físicos no regime líquido de Fermi. Neste artigo foi reproduzido este procedimento utilizando regressão numérica para ajustar um tipo de equação não-linearizável aos dados desta tabela. Em seguida, determinou-se a temperatura Kondo de um modelo de Anderson de dois canais no regime não líquido de Fermi. Confirmou-se que o método numérico proposto por Krishna-murthy e colaboradores é válido para os dois regimes.
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