O objetivo do trabalho é estudar a presença da agricultura e/ou pecuária orgânica na renda dos estabelecimentos agropecuários recenseados em 2017. A análise está baseada nos dados agregados em escala municipal. Caracteriza-se regionalmente a presença da produção orgânica por meio de tabelas de contingência, via qui-quadrado e análise de covariância, tomando-se como variáveis contextuais: regiões, classes de renda, área, assistência técnica, cooperativismo, alfabetização, crédito e área. Ajusta-se, também, uma fronteira de produção estocástica que identifica, em nível do município, o efeito de fatores que afetam diretamente a produção (renda bruta) e a componente de ineficiência técnica. O número de estabelecimentos que praticam agricultura e/ou pecuária orgânica diminuiu de 90.498 (em 2006) para 64.690 (em 2017). A predominância de agricultura orgânica está no Sudeste e a menor proporção está no Centro-Oeste. A classe de renda bruta predominante para os estabelecimentos que praticam pecuária e/ou agricultura orgânica, em todas as regiões, é a classe entre zero a dois salários mínimo. O acesso ao crédito, a associação em cooperativas, o nível de alfabetização e o acesso à assistência técnica são os principais fatores necessários para promover a melhoria da renda. Os fatores de produção fundamentais para a inclusão produtiva são tecnologia e trabalho com dominância da tecnologia.
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