Saúde Global é uma expressão polissêmica, mas fortemente identificada como resposta às problemáticas relativas ao campo da Saúde, relativamente novos, que atingem países desenvolvidos e em desenvolvimento, quanto países subdesenvolvidos. Problemas como surtos de doenças que podem ser evitadas por vacinação, crises sanitárias e humanitárias, índices elevados de obesidade, uso irrestrito dos recursos naturais, dentre outros. Neste sentido, este artigo objetiva mostrar na literatura atual como o campo Saúde Global está se configurando, vinculado aos processos de globalização contemporâneos. Metodologicamente, o estudo se deu por meio de uma revisão integrativa da literatura, com destaque para as produções cientificas publicadas a partir dos anos 2000. Os principais resultados do artigo mostram que Saúde Global é um campo que envolve a relação diplomática entre os países, remodelação no papel de agências consideradas hegemônicas no século 20, como a Organização Mundial da Saúde (OMS), proximidade horizontal entre os países no desenvolvimento de políticas em Saúde, participação de atores da sociedade civil e do segundo setor, o reconhecimento da diversidade cultural, política e social, e a necessidade de compreensão dos determinantes ambientais de saúde. Por outro lado, mostra os seus limites de atuação prática em contextos marcados por princípios neoliberais, de intervenção mínima estatal, uma vez que os resultados positivos em Saúde Global dependem da atuação de sistemas nacionais de saúde fortes.
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