O objetivo deste artigo é apresentar criticamente ao leitor de língua portuguesa a série de documentos sobre competências digitais denominados DigComp, elaborados pelo Joint Research Centre (JRC) da Comissão Europeia, além de outros relatórios relacionados. A metodologia compreendeu pesquisas na Internet, uma revisão sistemática de literatura e a leitura crítica dos documentos. Os resultados indicaram que esses documentos estão baseados em Comunicações da Comissão Europeia e Recomendações do Parlamento Europeu publicadas entre 2006 e 2018, que apontam as competências necessárias para a aprendizagem ao longo da vida, dentre as quais a competência digital, além de apresentarem os compromissos da União Europeia em relação a essa temática. A União Europeia elaborou então diferentes frameworks ou marcos: DigComp 1.0, DigComp 2.0 e DigComp 2.1, voltados para os cidadãos, além do DigComp into action, com exemplos e casos práticos de seu uso; DigCompEdu, DigCompOrg e OpenEdu, voltados à área da educação; e DigCompConsumers e EntreComp, voltados ao ambiente dos negócios, além do EntreComp into action, também com exemplos e casos práticos de seu uso. Este artigo apresenta, compara e discute esses documentos, analisando a dificuldade em se fragmentar e avaliar competências digitais. A pesquisa identificou também estudos de tendências gerais nessas áreas, que o artigo menciona, mas não discute, sobre temas como: MOOCs, makerspaces, learning analytics, pensamento computacional, blockchain e políticas para a integração e o uso inovador de tecnologias digitais na educação. O artigo conclui que esses frameworks constituem importantes modelos para a compreensão e o desenvolvimento de competências digitais, não havendo uma riqueza e série de documentos similares desenvolvidos no Brasil.