O artigo busca, por meio da análise da atuação do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra (no Brasil) e do Landless People's Movement (na África do Sul), analisar as formas emergentes que o Estado adquire nesses dois contextos sociais. O objetivo central é mostrar que nesses países, chamados aqui de não exemplares, é preciso que se desenvolva uma teoria complexa que rompa com o dualismo sociológico Estado/Sociedade civil. Romper com os esquemas analíticos tradicionais, voltados para o caso europeu, significa necessariamente ter que trilhar novos, e menos preconceituosos, caminhos para compreender as formas políticas de pertencimento social nos países do sul.
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