Introdução: A epilepsia é uma doença que afeta milhões de pessoas em todas as partes do mundo. Crises epilépticas se apresentam nos pacientes de forma parcial ou generalizada, dependendo do grau de atividade da doença. Atualmente, há muitos fármacos disponíveis no mercado, os quais possuem diversos mecanismos de ação e que podem ser utilizados de forma isolada ou concomitante. No entanto, em alguns pacientes, principalmente, em crianças e adolescentes, esses fármacos se mostram ineficazes e incapazes de promover o controle tanto da frequência quanto da intensidade das crises epilépticas, a quais são denominadas de epilepsia refratária. Assim, a busca por tratamentos alternativos capazes de controlar as frequência e intensidade das crises epilépticas refratárias é incessante e intensa e, dentre as estratégias usadas, atualmente, destaca-se a dieta cetogênica (DC), que consiste numa elevada ingestão de lipídios e baixa ingestão de carboidratos e proteínas e que tem fornecido uma melhora na qualidade de vida de pacientes, principalmente, em crianças e adolescentes com epilepsia refratária. Objetivo: Realizar uma revisão da literatura sobre os benefícios causados pela utilização da DC, como tratamento adjuvante e/ou alternativo, no tratamento da epilepsia refratária, principalmente, em crianças e adolescentes. Metodologia: O estudo foi realizado por meio de uma revisão bibliográfica e integrativa da literatura, através da compilação de artigos científicos e livros sobre o tema proposto. As informações foram pesquisadas na base de dados Google acadêmico, Scielo e PubMed. As palavras-chave utilizadas para a busca dos artigos científicos foram: Epilepsia, Epilepsia refratária, Dieta cetogênica. Para a elaboração deste estudo foram pesquisadas publicações a partir de 2008 a 2018, levando em consideração o fator atualidade e relevância do tema, cujo título estabelecia a relação com o estudo. Das publicações encontradas, 22 foram utilizadas. Conclusão: Conclui-se que a DC se apresenta como uma importante opção terapêutica muito segura, barata e eficaz e que, por isso, pode ser utilizada no manejo de pacientes com epilepsia refratária, principalmente, em crianças e adolescentes.
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