Many species of frogs that breed in bromeliads exhibit parental care as females deposit unfertilized eggs to feed the tadpoles. Treefrogs of the genus Scinax are not known to exhibit this behavior, even though they have exotrophic tadpoles. The purpose of this study was to describe qualitatively and quantitatively the diets of tadpoles of hylids S. littoreus and S. perpusillus developing in the phytothelm of Alcantarea glaziouana (Bromeliaceae). We evaluate if there are seasonal and spatial differences (between tadpoles living in the central tank and the lateral tanks) in the diet, and to test for food selectivity of the species. The most abundant items in the diet of tadpoles of both species were, respectively, algae, fungi, and protozoa. Detritus and plant debris were present in the diet of more than 90% of the tadpoles of the two species. The trophic niche breadth for S. littoreus was 1.26, whereas that for S. perpusillus was 1.54. The tadpole diets were seasonally conservative for both tadpole species and spatially similar only for S. perpusillus. Tadpoles of Scinax littoreus showed differences in diet, depending on the microhabitat in which they developed in the bromeliad, and showed electivity favorable for fungi but negative for copepods. Our data suggest that tadpoles of S. perpusillus are, in general, non-selective omnivores feeding on items in a similar proportion to their occurrence in the environment, while tadpoles of S. littoreus are more selective-feeders, avoiding animal items.Muitas espécies de anuros que se reproduzem em bromélias apresentam cuidado parental com fêmeas depositando ovos não fertilizados para alimentar os girinos no fitotelma. Os hilídeos do gênero Scinax não apresentam este comportamento, mesmo apresentando girinos exotróficos. O objetivo do presente estudo foi descrever quali-quantitativamente a dieta dos girinos das espécies S. littoreus e S. perpusillus que se desenvolvem no fitotelma da Alcantarea glaziouana (Bromeliaceae). Avaliamos se há diferenças sazonais e espaciais (entre girinos que residem no vaso central e nos vasos laterais da bromélia) na dieta, além de testar a existência de seleção de itens alimentares pelas espécies de anuros. Os itens mais abundantes na dieta de ambos os girinos foram respectivamente: algas, fungos e protozoários. Detrito e restos vegetais estavam presentes em mais de 90% dos estômagos de ambas as espécies. A amplitude de nicho trófico para S. littoreus foi 1,26 enquanto para S. perpusillus foi 1,54. As dietas foram sazonalmente conservativas para ambas as espécies e espacialmente similar apenas para S. perpusillus. Os girinos de Scinax littoreus apresentaram diferenças na dieta de acordo com o microhabitat em que se desenvolviam na bromélia além de apresentar eletividade positiva para fungos e negativa para copépodos. Nossos dados sugerem que S. perpusillus é, em geral, um onívoro não seletivo, alimentando-se de itens em proporção similar da que estes ocorrem no fitotelma, enquanto os girinos de S. littoreus são mais seletivos evitando itens animais.