Introdução: O rotavírus apresenta distribuição universal, determinando episódios de gastrenterite aguda, endêmica em regiões de clima tropical. A forma mais eficaz de evitá-la é por meio da imunização. Crianças vindas de ambiente com melhores condições e mais elevado nível sociocultural tendem a ter melhor prognóstico, enquanto aquelas vindas de famílias carentes apresentam maior risco de gravidade da doença. Objetivo: Avaliar o perfil socioeconômico das famílias das crianças que não aderiram ao esquema da vacina contra o rotavírus. Métodos: Por meio do cartão-sombra, cópia do cartão vacinal de cada criança em poder dos agentes comunitários de saúde do Centro de Saúde Cecy Fortes, analisou-se a situação vacinal das crianças nascidas no período de abril de 2009 a janeiro de 2011. O prontuário de família das crianças, que não realizaram o esquema completo da vacina contra rotavírus, foi avaliado com base nos dados assentados nos mesmos, relativos ao seu perfil socioeconômico. Resultados e discussão: De 183 cartões-sombra avaliados, 25 encontravam-se com esquema incompleto ou ausente da vacina e tiveram os prontuários de família avaliados. Sessenta e oito por cento dessas famílias têm renda inferior a dois salários mínimos, o que representa risco de agravo de doenças diarreicas. Porém, 96% dos pais são alfabetizados, e 100% das famílias vivem em habitações com condições satisfatórias de saneamento, que inferem bom prognóstico. Conclusão: As famílias dessas crianças são, em sua maioria, compostas por pais alfabetizados, têm renda familiar inferior a dois salários mínimos e as condições de habitação e saneamento são satisfatórias.