O corpo luteo (CL) e a glândula produtora de progesterona (P4), hormonio cuja secrecao continua e essencial para o inicio e a manutencao da gestacao em femeas equinas, e, consequentemente, para a aplicabilidade de inumeras biotecnicas de reproducao. Considerando-se a importância do CL para a manutencao de uma gestacao normal e suas caracteristicas anatomofisiologicas, objetivou-se determinar por ultra-sonografia (US) o tamanho e a morfoecogenicidade (ME) do CL em receptoras de embrioes equinos desde a ovulacao (D0) ate nove dias apos (D9), bem como os niveis plasmaticos de P4 produzida no mesmo periodo. Para tanto, 57 eguas receptoras de um programa de transferencia de embrioes foram examinadas diariamente por US transretal desde a primeira deteccao dos sinais de estro ate o D9. A cada exame, os CL foram mensurados e sua ME registrada segundo escore de 1 a 6 (1=anecoico; 6=hiperecoico). Amostras de sangue foram colhidas diariamente e a P4 dosada por radioimunoensaio. O diagnostico de gestacao foi realizado por US aos 13 e 25 dias apos a ovulacao. Houve uma tendencia de os corpos luteos apresentarem ME crescente (de 1 a 5) desde o dia da ovulacao ate o D9. Os niveis de P4 foram < 2,16 ng/ml ate o D3, com consequente elevacao e manutencao em niveis de diestro entre D4 e D9 (3,41 a 4,33 ng/ml). O tamanho luteinico nao diferiu, com excecao das medias extremas durante o periodo (D2 = 31,54 mm versus D8 = 25,95mm; p < 0,05). Assim, o aumento da ME media dos CLs avaliados por US e acompanhado por aumento na concentracao plasmatica de P4 em receptoras de embrioes, mas este evento parece nao ser dependente do tamanho da glândula luteinica. Nao existe diferenca na ME, no tamanho dos corpos luteos, nem nos niveis de P4 circulante do D0 ao D9 em receptoras de embrioes equinos que se tornaram gestantes ou nao apos a transferencia de embrioes.