Este artigo tem como objetivo a análise das relações conjugais atrelada à matriz teórica da política de reconhecimento. Com inspirações no romance de Jane Austen, Orgulho e preconceito (OP), a problemática neste trabalho gira em torno de como as políticas de igualdade de gênero nas relações conjugais são moldadas no século XXI. O movimento feminista e a luta por igualdade de gênero ganharam espaço na agenda política internacional do século XX e XXI, porém, a despeito dos avanços alcançados, a desigualdade de gênero ainda possui severas disparidades no cenário político e jurídico. O objetivo é analisar a igualdade de gênero pela política do reconhecimento de Charles Taylor enquanto base teórica associando-a aos apontamentos de Austen. Trata-se de um trabalho jurídico de aporte literário e sociológico, com utilização do instrumental teórico e metodológico da Literatura justaposta com o Direito. Propomos então uma metódica do surrealismo jurídico da epistemologia carnavalizada do Direito, defendida por Luis Alberto Warat. A análise de OP pela interdisciplinaridade entre a Literatura e o Direito promove um aprofundamento de reflexões sobre nossas instituições jurídicas.
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