Introdução: O câncer de pele é o mais frequente no Brasil e representa 30% de todos os tumores malignos registrados no país. Alguns compostos bioativos presentes nos alimentos como carotenóides (betacaroteno, licopeno), probióticos e ômega-3, extrato de própolis, podem auxiliar na proteção da pele contra os danos causados por raios ultravioleta. Material e método: Para atingir o objetivo foi realizada uma revisão bibliográfica para avaliar a ação fotoprotetora dos compostos bioativos, nas principais bases de dados em saúde Pubmed, Lilacs e Scielo, com palavras-chave: neoplasias cutâneas, dieta, fotoproteção, nos idiomas português e inglês, considerando o período de 2008 a 2019. Resultado: O uso de betacaroteno na fotoproteção mostrou-se eficaz, com suplementação diária entre 15 mg e 180 mg e protegeu a pele contra queimaduras solares. Extrato de tomate contendo licopeno conferiu proteção contra danos agudos à pele causados pela exposição solar à longo prazo. A suplementação de licopeno e luteína protegeu a pele contra danos à pele causados pela radiação solar. A ingestão diária da bebida polifenol chá verde por 12 semanas apresentou efeito fotoprotetor. Observou-se que substâncias não tóxicas consumidas na dieta como polifenóis em frutas, vegetais, vinho, chá e cafeína, ou disponíveis na forma oral de suplementos, podem aumentar a produção de ATP e inibir a produção de ROS ou diminui a produção de PGE2, causando redução dos danos induzidos pela luz solar em humanos e protegendo a pele por vários mecanismos potenciais. Extrato de própolis tem sido utilizado no preparo de alimentos e bebidas com a finalidade de melhorar ou prevenir o câncer, e a fruta romã pode exercer ação antiinflamatória, antiproliferativa e ter efeitos anti-tumorigênicos. Conclusão: Conforme os artigos estudados, o consumo dos compostos bioativos carotenoides como betacaroteno e licopeno, flavonóides, polifenóis, cafeína, ácidos graxos poli-insaturados ômega-3, vitamina E e minerais como o selênio, são estratégias eficientes na proteção da pele contra a radiação solar, diminuindo o risco do câncer de pele. Entretanto, mais estudos clínicos randomizados precisam ser realizados para confirmar seus efeitos e estabelecer doses adequadas para efeito fotoprotetor.