O artigo tem como objetivo apresentar uma reflexão da arte contemporânea e a preservação da memória. Aborda sobre os principais pontos da arte contemporânea a partir da década de 60, a qual designa as formas artísticas surgidas no início desta década, que recorrem a todo tipo de materiais e processos, liberdade que permanece até hoje. Essas obras colocam em contraposição o sistema de registro e documentação, modelos de circulação e interação, diante de uma produção que está cada vez menos preocupada com sua continuidade memorial. Através dessas considerações de materialidade, performances, vídeos, arte digital, efemeridade e arte conceitual, os questionamentos apresentados são: qual o lugar de memória na arte contemporânea? Qual o papel do museu nesse novo contexto? Quais são os desafios de lidar com a preservação da obra e a intenção do artista? Sendo assim, busco responder esses questionamentos, estabelecendo relações entre os conceitos de memória, museu, arte contemporânea e preservação. Exemplificando através de um estudo sobre a obra “Retratos, 2013” do artista Oscar Munõz, que fundamenta sua pesquisa artística através dos conceitos de memória, efemeridade e instante temporal.