Objetivo: Este estudo teve como objetivo avaliar a prevalência de sobrepeso e obesidade em um grupo de estudantes e investigar se há correlacão entre IMC (índice de massa corporal) e renda familiar. Métodos: Estudo tipo transversal, realizado com 213 estudantes do ensino fundamental de escola pública (EPU) e privada (EPR), com idade entre 10 e 14 anos, aprovado pelo comitê de ética local e mediante assinatura do termo de consentimento livre e esclarecido pelos estudantes e os responsáveis por eles. Os estudantes foram pesados e medidos e o IMC foi calculado; os dados foram avaliados com base nos gráficos da OMS para IMC conforme o sexo. Os estudantes responderam ao questionário socioeconômico segundo o critério da ABEP. A análise dos dados foi realizada usando o programa SPSS. Foi adotado nível de significância de 5%. Resultados: Prevalência global de excesso de peso (sobrepeso) na amostra estudada foi de 41,3%. Na comparação dos resultados isolados, a frequência de excesso de peso foi maior em alunos da escola particular (47,3%) do que nos da escola pública (32,1%), com significância estatística (p=0,03). A frequência de excesso de peso nos meninos da EPR foi maior do que nos da EPU (23,3% versus 14,3%; p=0,05). Nas meninas, verificou-se a mesma tendência, sem, todavia, significância estatística (24,0% versus 17,9%; p=0,18). Houve correlação positiva entre IMC e renda familiar (r=0,14, p=0,04). Conclusão: Cerca de 40% dos estudantes entrevistados apresentaram excesso de peso, com prevalência maior entre os meninos da escola particular. É relevante o desenvolvimento de estratégias de prevenção da obesidade em todos os níveis da sociedade, pois há potenciais riscos à saúde na vida adulta.
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