Determinou-se o requerimento líquido de energia de mantença de novilhos mantidos em regime exclusivo de pastejo, em capim-elefante (Pennisetum purpureum, Schum) cv. Napier. O experimento teve duração de 175 dias, utilizando-se nove piquetes, estabelecidos em terreno plano, com área individual de 0,5 ha, sob pastejo rotacionado. Foram utilizados 36 novilhos ¾Gir-Holandês com 332 ± 37 kg e média de 20 meses de idade inicial. Metade dos animais teve o tempo de pastejo restrito a quatro horas por dia, de forma a se limitar o consumo de energia a pouco acima do nível de mantença, e metade teve acesso irrestrito à pastagem. Seis novilhos foram abatidos no início do experimento, para se determinar a composição corporal inicial (grupo referência) e seis (três de cada tratamento) a intervalos sucessivos de 35 dias. A composição corporal dos animais abatidos foi determinada por análise química de amostras representativas de todo o corpo. As exigências líquidas de energia para mantença foram estimadas como o calor produzido em nível zero de ingestão de energia metabolizável, ajustando-se equações do logaritmo da produção de calor em função do consumo de energia metabolizável, por dia e por unidade de tamanho metabólico (kg0,75). Foi ajustada uma equação, calculando-se o tamanho metabólico em função do peso vivo (PV) e outra em função do peso de corpo vazio (PCVZ). O consumo e a digestibilidade da forragem ingerida (extrusa) foram determinados mensalmente. O tempo de pastejo limitado a quatro horas diárias assegurou ingestão de energia em nível pouco acima da mantença, conforme indicaram os ganhos de peso individuais, evidenciando que este procedimento pode ser recomendado para trabalhos futuros. A exigência de energia de mantença encontrada foi de 57 kcal/kg PV0,75 ou 63,27 kcal/kg PCVZ0,75. Os valores obtidos estão dentro da faixa de resultados obtidos no Brasil, sendo mais baixos que os valores recomendados no exterior, para gado europeu.
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