Uma das metas da pesquisa em manejo de solos deve ser a definição de sistemas de produção adequados à produtividade das culturas, conservação e recuperação do solo. Nesse sentido, realizou-se este estudo que teve por objetivo avaliar o efeito da inclusão de leguminosas como culturas de cobertura, e da incorporação ou não de seus resíduos ao solo, sobre o rendimento do milho. Utilizou-se dois experimentos instalados na Estação Experimental Agronômica da UFRGS, Eldorado do Sul, RS. Esses experimentos, instalados há sete e nove anos, são constituídos de métodos de preparo (convencional, reduzido e plantio direto), sistemas de cultura (pousio/milho, aveia/milho, aveia+vica/milho, aveia+-v'iça/milho+caupi, vica+gorga/milho e lablabe+milho) e doses de N (0 e 120kg/ha). Os métodos de preparo, realizados na implantação da cultura do milho, não afetaram o seu rendimento. Os sistemas de cultura somente afetaram o rendimento do milho quando não foi aplicado N mineral. Nos diferentes sistemas de cultura, sem aplicação de N, o rendimento do milho variou entre l,46t/ha e 5,02 t/ha. As culturas de cobertura do solo apresentaram um efeito no rendimento do milho equivalente a aplicação de 4 a 90kg/ha de N. A associação de culturas de cobertura leguminosas ao sistema de plantio direto resultou em maiores rendimentos de milho e maior produção de resíduos vegetais, permitindo a economia em N mineral e podendo acelerar o processo de recuperação de solos degradados.
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