Abstract

Este artigo pretende construir um diálogo estético, político e cultural entre duas obras da literatura negra de autoria feminina produzida no Brasil, num gênero bastante interessante que é a coletânea, em que se observa uma pulverização de vozes em torno de escritas feitas em escrevivência e encontros ancestrais. Os livros escolhidos são: Coletânea de Literatura Feminina Negra Louva Deusas (2012) e De Zacimbas a Suelys: Coletânea Afro-Tons de Expressões Artísticas de Mulheres Negras no Espírito Santo (2017). Acompanhando as circulações tanto das obras quanto das artistas, fomos percebendo que estas publicações figuraram como possibilidade de apresentar e divulgar novas escritoras, mas também vimos surgir experiências de emancipação subjetiva e econômica, num devir que é artístico e de enfrentamento a uma realidade de opressão e violências, na ressignificação de espaços, produzindo compartilhamentos em vozes múltiplas e contatos de fortalecimento de ancestralidade.

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