Abstract

O artigo analisa como o longa brasileiro Inferninho (2018), dirigido por Guto Parente e Pedro Diógenes, faz uso da teatralidade – por meio das performances musicais, cômicas e melodramáticas de seus personagens – para queerizar e ressignificar a própria máquina-dispositivo do cinema, transformando-a num mecanismo de fabulação e numa possibilidade de r/existência fora do espaço-tempo heteronormativo. A partir do contraponto entre as reflexões de uma série de teóricos/as queer que se debruçaram sobre o estudo do camp e depoimentos coletados em entrevista com os dois diretores, a investigação examina como o filme se apropria do gesto criativo de seu elenco, composto por integrantes do Grupo Bagaceira de Teatro, para desestabilizar a mise-en-scène cinematográfica por meio do teatral. O resultado evidencia o cinema como uma encenação historicamente heteronormativa, mas que pode ser também ressexualizada e queerizada.

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