Abstract
Tendo em vista que a escola é um espaço em que se constroem crenças e moldam atitudes, verificamos como os formadores da consciência linguística e disseminadores dos discursos sobre língua concebem o processo de ensino de Língua Portuguesa. Para tanto, analisamos as crenças e atitudes dos alunos de Letras, futuros professores de Língua Portuguesa, sobre língua, variação e ensino. Para a descrição e análise dos dados, seguimos os pressupostos teórico-metodológicos da Sociolinguística Variacionista (LABOV, 2008 [1972]) e dos estudos sobre crenças e atitudes linguísticas (CYRANKA, 2007; BARBOSA; CUBA, 2015; BOTASSINI, 2015; SILVA; BOTASSINI, 2015). Nossos dados revelam que apesar dos alunos ainda acreditarem na associação entre língua e gramática normativa, apresentam crenças e atitudes positivas em relação à pedagogia da variação linguística, defendendo a ideia de que é papel da escola não só reconhecer mas também trabalhar a diversidade linguística. Também observamos uma avaliação negativa em relação ao ensino de língua nas escolas, que, segundo os alunos, é centrado apenas na norma padrão.
Highlights
Considering that the school is a space in which beliefs are built and molds attitudes, we see how the formators of the linguistic conscience and disseminators of the discourses on language conceive the process of teaching Portuguese Language
Ao adotar essa concepção de língua, os estudos sociolinguísticos partem dos pressupostos de que há diferenças linguísticas entre as normas estabelecidas pelas gramáticas normativas e os reais usos da língua, de que a variação linguística não é aleatória, mas condicionada por restrições linguísticas e extralinguísticas, e que o ensino de Língua Portuguesa trabalhe com uma metodologia que conceba a língua como um sistema inerentemente variável
Essa aceitação tende a ampliar o respeito para com as outras culturas de linguagem, evitando e combatendo o preconceito linguístico e a consequente exclusão social decorrentes do uso de formas linguísticas não prestigiadas socialmente
Summary
Resumo: Tendo em vista que a escola é um espaço em que se constroem crenças e se moldam atitudes, verificamos como os formadores da consciência linguística e disseminadores dos discursos sobre língua concebem o processo de ensino de Língua Portuguesa. Analisamos as crenças e atitudes dos alunos de Letras, futuros professores de Língua Portuguesa, sobre língua, variação e ensino. Apesar de os alunos ainda acreditarem na associação entre língua e gramática normativa, apresentam crenças e atitudes positivas em relação à pedagogia da variação linguística, defendendo a ideia de que é papel da escola não só reconhecer, mas também trabalhar a diversidade linguística.
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