Abstract

Enquanto o Estado Novo, no contexto do pós-Segunda Guerra Mundial, se reposicionava perante o crescimento da oposição interna e a nova geopolítica da Guerra Fria, o jornal A Nação (1946-1948) foi um instrumento de propaganda e doutrinação da extrema-direita. As suas páginas foram pautadas por temas recorrentes do ideário fascista, fazendo o jornal a defesa de Mussolini e do Nazismo. Tendo presente os conceitos de «palingénese» e de «comunidades imaginadas», assim como outros elementos estruturantes do fascismo, este artigo pretende analisar de que modo os seus leitmotiven foram pensados numa estratégia discursiva agressiva e mobilizadora. Por outro lado, procura passar em revista outros elementos, como a secção poética, a iconografia e uma certa visão do mundo que, a certo ponto, se julgou transcendente. Sobretudo, a referência à palingénese permitirá mensurar de que modo a hipótese de um «renascimento» foi (ou não) equacionado.

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